CERTIFICAÇÃO LEED GOLD
O edifício Jatobá Green Building foi um dos primeiros edifícios brasileiros a receber a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) Gold concedida pelo U.S Green Building Council em 2010.
O LEED é um sistema de certificação e orientação ambiental de edificações e o selo de maior reconhecimento internacional além do mais utilizado em todo o mundo, inclusive no Brasil
Acreditamos que, mais do que refletir a respeito de um assunto tão comentado nos últimos tempos como é a sustentabilidade, é importante agir e investir na relação das pessoas com o meio ambiente. Por isso o edifício foi projetado com o objetivo de reduzir seus impactos ambientais ao longo de toda sua vida útil.
A pré-certificação durante o período da obra já previu a diminuição do impacto de resíduos lançados em aterro com diminuição de 79%, utilização de 20% de materiais com conteúdo reciclado e 48% de materiais regionais. O uso de madeira certificada foi de 100% (fonte: CTE).
As fachadas diferenciadas pelo tratamento estético, foram desenvolvidas a partir da orientação solar. Aquelas voltadas para o leste e oeste possuem aberturas fechadas em vidro, compostas com metade da altura do seu pé-direito para minimizar a alta incidência solar. As superfícies opacas, por sua vez, são revestidas com vidro branco leitoso, material com alto poder de reflexão.
Já as aberturas voltadas para o norte – que recebem o sol com menos intensidade – possuem o dobro de altura. Revestidas com faixas de vidro incolor, são transparentes e protegidas com brise-soleils horizontais, que garantem entrada de luz e ventilação naturais.
Esse projeto de fachadas aliados a utilização de iluminação de baixo consumo e alto rendimento também garantem grandes economias com significativa redução do consumo de energia elétrica.
Além das estratégias para controle da incidência solar, o edifício foi desenvolvido com sistemas de ar-condicionado setorizados tipo VRV (volume de refrigeração variável) e individualizados e captação e utilização de água pluvial para irrigação e lavagem das áreas comuns do edifício. Os jardins laterais das coberturas também contribuem para o conforto térmico da edificação.
O requisito do LEED em relação a design exige, no mínimo, 20% de área livre em relação à área total do terreno. O Jatobá inovou e 40% de sua área é livre.
Mas os cuidados com a economia e o meio ambiente não ficaram restritos ao período de obra e projeto.
O empreendimento aposta não somente na vida sustentável, mas na ideia de todo um planeta com a mesma visão. Os condôminos vivenciam na pele este pensamento preocupado com a vida humana. Foram os dispositivos economizadores de água, como arejadores, descarga dual flush, torneiras e mictórios hidromecânicos. Além da coleta seletiva de lixo o Jatobá implantou a coleta de eletroeletrônicos, onde os usuários poderão levar seus equipamentos para serem descartados de forma segura e se forem passíveis de conserto, podem ser doados para ONGs e instituições. O Jatobá busca sempre fazer sua parte para um país melhor.
CERTIFICAÇÃO LEED PLATINUM
Além de ser Green Building Council Gold, o edifício Jatobá apresenta pontuação máxima em operação e manutenção e possui o selo LEED EB O&M (Leadership in Energy and Environmental Design – Existing Buildings – Operation and Maintenance).
Essa certificação, que é a mais renomada e utilizada em todo o mundo, concedida pelo United States Green Building Council (USGBC), reforça todas as caraterísticas sustentáveis do prédio. A empresa responsável pela consultoria da certificação LEED foi o CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), Unidade de Sustentabilidade.
Para receber essa conquista, o empreendimento passou por uma avaliação minuciosa dos seguintes quesitos: localização e transporte, desempenho energético, uso eficiente de água, gerenciamento de resíduos e experiência humana. Para se ter uma ideia, apenas considerando a avaliação da experiência humana, o edifício é 30% mais eficiente, em comparação com o benchmark nacional, e 15% considerando o mercado internacional.
Já em termos de transporte, desempenho energético e gestão de resíduos, por exemplo, a eficiência é maior, respectivamente, em 6%, 3% e 9% no cenário brasileiro. Olhando para o benchmark global, os percentuais para esses mesmos itens são maiores em 8%,11% e 9%.
MERCADO LIVRE DE ENERGIA
O Jatobá em Outubro de 2017 passou a adquirir energia do Mercado Livre, resultando em economia significativa no custo deste insumo no edifício.
O que é o Mercado Livre?
O mercado livre de energia elétrica é um ambiente em que os consumidores podem escolher livremente seus fornecedores de energia, exercendo seu direito à portabilidade da conta de luz. Nesse ambiente, consumidores e fornecedores negociam as condições de contratação de energia. É a alternativa ao tradicional Mercado Cativo, onde os consumidores adquirirem energia através da contratação compulsória via a distribuidora da região em que estão e as tarifas pelo consumo da energia são fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e não podem ser negociadas. Todos os consumidores residenciais estão nesse mercado, assim como algumas empresas comerciais, industriais e consumidores rurais.
MENOR CUSTO E MAIOR PREVISIBILIDADE: atualmente, mais de 60% da energia consumida pelas indústrias do País é adquirida no mercado livre de energia. Essas empresas buscam, principalmente, redução nos custos e previsibilidade na fatura de eletricidade. Desde 2003, o mercado livre proporcionou, em média, uma economia de 18% em comparação com o mercado cativo. As regras de ambos os mercados são definidas pela Aneel.
QUEM PODE SER LIVRE? Existem dois tipos de consumidores livres: os consumidores livres “tradicionais” e os consumidores especiais.
Consumidores livres possuem, no mínimo, 3.000 kW de demanda contratada e podem contratar energia proveniente de qualquer fonte de geração.
Consumidores especiais possuem demanda contratada igual ou maior que 500 e menor que 3.000 kW, independentemente do nível de tensão. Podem contratar energia proveniente apenas de usinas eólicas, solares, a biomassa, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ou hidráulica de empreendimentos com potência inferior ou igual a 50.000 kW, as chamadas fontes especiais de energia.
Mantendo a tradição de sustentabilidade e economia que norteia os pilares administrativos do edifício só na primeira medição comparativa feita de outubro a dezembro de 2017, a economia média frente ao mercado cativo está em 26,69% equivalente a um ganho de R$ 40.100 mil em relação ao que seria gasto no mercado cativo.